NOS TEMPOS DE GAIVOTAS

Tenho sua fotografia : Mar, algumas ondas ao fundo,

Pedras, areia seguida de pegadas e conchas,

Gaivotas no céu de poucas nuvens, muito Sol,

O sal tempero dos beijos melhores do mundo.

É um retrato... difícil crer... um dia um fato...

As rugas sulcaram a areia agora rosto de argila...

Cabelos e cabeças agora nevados...

Mas as filhas das filhas das filhas das filhas (com tato)

Das gaivotas sobrevoantes ... Tudo me opila

De velhos sonhos hoje expirados !

Tenho a foto, foi um fato, difícil crer nisto:

Que deixaria você, o mar, aquelas gaivotas

E continuaria ... às vezes, suspeito, não existo,

Mas sei do sal, do Sol; gaivota, ainda, sem rota...

Inspirado pela canção Wishing, de A Flock Of Seagulls.

P.S.: Há sorrisos que permanecem para sempre estampados na alma e essência das coisas;

Todo fã de A Flock Of Seagulls é gaivota... reuníamo-nos pelo peixe e prazer de planar sobre o mar, convictos de que éramos nós que fazíamos as ondas...

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 29/12/2018
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