SAUDADE DECOMPOSTA
Juliana Valis



Saudade decomposta em fotográficos resquícios,

Humana tempestade entre síncopes de dor,

Não sei onde encontrei os sonhos, entre indícios

Dos versos que escrevi na esperança do amor...




E, assim, sempre o tempo flui pela saudade

Como trama que te invade em cada ápice de nós,

Nessa estrada que transcende todo véu da humanidade,

Olhando o céu além do nada, além dos versos sempre sós !



Quando tudo, pois, ecoa os vestígios de quem somos,

Lá no fundo, canta a alma, nos acordes que se vão,

Além do mundo e das planícies, em versos do que fomos,

Assim, dispersos, no profundo labirinto  em coração.