Ao Mar

Chego quando o sol se despede.

Pela praia deixo os meus chinelos.

E assim te sinto quando me vens.

Pois,

em mim você deságua.

Amo-te por essas águas.

Por elas também navego.

Pelo tanto que te quero.

Que eu te quero.

Hoje eu fiz mais um castelo,

libertei novas saudades.

Digressão,

é tudo o me invade.

Passos lentos,

vou deixando marcas.

Piso toda a areia.

Há quantas ondas você me chega!

Bombeia....

Bombeia....

Você é sangue nas minhas veias.

Venha de onde vier.

Sou a saudade que te quer.

Atraca em meu coração,

molha os meus pés.

Das ondas seja a espuma.

Borbulhas de uma entrega.

Pois,

em mim,

você navega.

Assim,

ponha fim à tristeza,

a solidão.

Não me canso de riscar esse chão.

Fiz da praia o teu nome.

Do vento,

tua direção

Finquei-me nessas pedras,

tornei-me o teu porto.

Cansei de ser ilha.

Por isso,

não me deixe á margem.

Perdido sem teu paraíso.

Na mente também navego.

Sou um barco indeciso.

Com você tudo supero.

Preciso do teu sorriso.

Navegar-te é preciso.

Tristes os fins de tarde.

Quando te vejo feito miragem.

Mas a ti não me nego.

E assim eu trafego.

Vou além desse mar....

Pra te encontrar.

A te encontrar.

Porque Te amo.

Porque te espero.

Deixa em mim tua bagagem.

Finda agora tua viagem.

Autor: Francisco de Assis Dorneles.

ChicosBandRabiscando
Enviado por ChicosBandRabiscando em 18/12/2018
Reeditado em 19/12/2018
Código do texto: T6530405
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