DO OUTRO LADO DA JANELA
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Acostumei-me em toda manhã, abrir a janela,
E ver-te do outro lado, acenando, tão bela!
E agora, a triste sequela,
Desse aceno que não veio. Passei a manhã sem ela.
As tuas frases singelas,
A tua imagem aquarela
Que a minha alma pincela
Como se fora uma raríssima tela.
E agora, tristonho, dirijo-me à capela,
E lá, farei orações, em busca dela.
Ela, tão querida! Tão esperada!
Concede à minha alma, renascença,
Ela é a sua presença.