SAUDADE
A saudade machuca.
Queima o peito de dentro para fora.
Ela dói a cada vez que surge uma lembrança na memória.
A saudade é como o mar revolto.
Que castiga as rochas, mesmo que elas tentem resistir.
É o impulso de insistir quando se sabe, no interior, que a única saída é desistir.
A saudade é uma droga.
Que vicia e nos faz dependentes de corpo, alma e coração.
É o que nos faz acreditar que superou... passou... até a próxima recaída nos provar que é tudo em vão.
Só o tempo ameniza.
Ele não cura.
Mas, ao menos, suaviza!