Desertos

Por que insisto em me rasgar e em me fazer doer, em esconder dentro de mim o sol e em me fazer chover?

Por que desvio meus olhos do jardim em flores e os perco no infinito vazio que me condensa a alma e que me pesa dia após dia?

Em que curva da estrada eu derrubei meus sonhos, me curvei aos medos e deixei que a poeira da estrada me cegasse os olhos?

A bagagem da saudade tem me pesado no peito e como um rio corrente, caminha ligeiro procurando leito.

Katia Marques
Enviado por Katia Marques em 29/11/2018
Código do texto: T6514539
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