Saudade que aperta
Não era fome, não era raiva, era um nome
Dentro da caixa que o tempo resguardou
Era um sonho, mistura de leão, escorpião
O medo de amar por quem um dia chorou
Era tarde, quando as horas pesam o olhar
E pensamento embaralha, sem raciocinar
Talvez o doce virando álcool, embriagando
E um poeta ébrio cambaleia e vai versando
Sem perceber ao certo o que está falando
Vozes que a estação ecoa, e cai as folhas
Tapete sazonal que em saudade apertando
Incomoda os versos, e inverte as escolhas...