A SAUDADE TEM SEU NOME
A SAUDADE TEM SEU NOME
A saudade tem seu nome
Beijos encarnados de chocolate
Braços fortes me queimando
Boca desnuda na vastidão do paraíso.
A saudade lhe deseja na manhã fria
No corpo quente pela vastidão dos desejos
Me pisando e esmagando
Quebrando os músculos em dores suculentas.
A saudade tem seu cheiro de amor
Sua brisa de tempestade
Sua voz rouca e lasciva
Sua cara de felino feroz.
A saudade é o retalho que costuro
Entre as paredes brancas que mesclo
Com tudo o que você inspira.
Ah! essa saudade que às vezes me ensurdece
Me emudece, me enfraquece
Rompe as fronteiras da razão.
E cega, surda, inquieta
Vago pela sua imagem que como pregos
Me furam a carne e a mente
No transcorrer da calma e na ventania:
Seu endereço é meu corpo.
Marina Barreiros Mota