Adeus, adeus, meu grande amor
Olho para dentro de mim
Não reconheço mais quem sou
Onde há vestígios de morte
Há tempero feito de dor
Embriago-me com tantas venturas
Querendo o sossego dos braços teus
O abraço distante e sereno
Ameno
Silêncio
Adeus
Rasgo as entranhas em desespero
Quero apelo
Peço perdão
Me deito em meio as dunas antigas
Sou minha própria inimiga
Não tenho compaixão
Gritam em mim sentimentos diversos
Estou perplexo
Desespero
Caminho em passos curtos
Para ver se eu me mudo
Para ver se eu imundo
Que arranque meus cabelos
Fios
Laços
De cetim
Anjos
Amargos querubins
O que será ?
O que será de mim ?
Ah, quebranto que suplica
Me falta
Me danifica
Me quebra entre partículas
Sou para tanto pouca estrada
Chego sempre atrasada
Sou em ti
Eu não sou nada
Infeliz vida
Acabada
Acabou
Adeus, meu grande amor.