BRAÇOS DO TEMPO

BRAÇOS DO TEMPO

Afora me destinei ao amor,

Sensível e aprendiz em sonhos agasalhados,

Segui cegamente às ilusões,

E reavivei de esperanças

O farol dos sentimentos,

A incendiar com luz,

Um coração dantes com portões fechados.

De andarilha me expus a paixão,

Destravei as fechaduras com segredos esfomeados,

Segui por aventuras,

Burlando com empenho os ávidos momentos de lucidez

Sem medo e em demasia

Confiante nos cadeados abertos da certeza.

Deveras estive adormecida,

Talvez entediada

Com a solidão invadindo o meu espaço

Para tanto , fiz proceder em festa o silêncio de quem espera,

Que em vão, no desespero da surdez se esgueira em falas,

E não obstante nos braços do tempo, o ontem,

Continuadamente,.

Seguirei em seus braços.

Lisboa, 26/05/2016

Maria Tecina Santos

Maria Tecina
Enviado por Maria Tecina em 01/11/2018
Reeditado em 17/11/2018
Código do texto: T6492093
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