Estrela Distante

Bem longe,

a voar pelo universo

os olhos buscam

alcançar uma estrela

para iluminar a alma vazia

de quem perdeu seu par.

Viaja pelo espaço

o ser celestial,

anjo das auroras e alvoreceres.

A outra alma, cá na terra

vaga no olhar

em plena escuridão

como quem procura uma fagulha

para ao encontrar

se fazer luz outra vez

na alma desse anjo alado.

Quando o sonho se esvai

a lembrança remanescente

é amarga ferida

é saudade.

E só quando o anjo se faz aurora

a alma solitária

recebe o consolo de

um canto.

Seria anjo

ou pássaro?

Um sussurro, um afago dentro do peito diz:

"- A dor da ausência se ameniza

na esperança de que as almas se reencontrem

sob o céu de uma noite estrelada. "

Poesia para meu filho Rômulo Augusto que hoje estaria com 14 anos se não tivesse sido Natimorto