Eu, a cadeira e as lembranças.
Eu sento na varanda numa cadeira de balanço
Que vai para frente e para trás.
A brisa fresca que vem do mar
Empurrada pelas ondas. Quanta paz!
Lembro do tempo que era moço
E não tinha paciência para me sentar.
Ficava a procura de conchinhas,
Rolava na areia e pulava no mar.
De manhã cedo. Bem cedinho;
Saía descalço a caminhar
Contemplando o amanhecer
E os raios do Sol se banhando no mar.
Mas como o tempo não para
E na vida tudo passa.
Fico eu, a cadeira e as lembranças
Da época de que em tudo achava graça.