O pequeno cercado...
Olhando imagens de um passado glorioso, encontrei algumas lembranças...
Algumas já envelhecidas, pelo tempo, esquecimentos, tentativas e esperanças...
Via tudo sob um foco acinzentado, pueril, que saudosamente despertavam, cada novo olhar...
Amizades que nasciam, cresciam e docemente provavam, valores que nasciam pra ficar...
Altos galhos, árvores que traziam paz, envolviam e protegiam, recentes ilusões...
Via amigos sorrindo, pássaros cantando, “casas na árvore”, sublimes intenções...
Algo começou a interferir, as imagens aos poucos perdiam sua nitidez, e aos poucos cada lembrança, novamente, adormecia...
Uma luz intensa surgia, dominava assim meu delírio, sonho, e relutante a tudo isso, meu corpo, sentia...
Era a luz do “futuro”, viva e banhada, na mais pura nostalgia...
Sim eu sentia, o amor dentro de mim, sensações que me completavam, com a mais pura e real, alegria...
Finalmente, de olhos abertos, encontro-me, diante de um pequeno cercado...
Gildênio Fernandes