ESTRELA DA CONSTELAÇÃO DIVINA
ESTRELA DA CONSTELAÇÃO DIVINA
I
Era uma noite perfumada e bela,
Eu na janela,
Fazia mil confissões à lua...
Chorava a perda de minha namorada!...
Lua, eu trazia n’alma,
Uma esperança vaga
De ter aquela a quem tanto amava!
Mas o foi o infortúnio
Minha prenda paga
Aquele afeto que dediquei tão louco!...
E fui morrendo pouco a pouco!...
II
E chorei das dores – minhas agonias!
E desfolhei do coração – o ramo de açucena –
A seiva que me alentava a vida!...
E fui dedilhando minha dolente sonata
Pelas noites frias,
Pelas madrugadas...!
Como um desesperado,
Sofrendo, machucando a alma,
Morrendo aos poucos em cada serenata!...
III
E o orvalho amigo,
Deu-me abrigo,
Recolheu minha furtiva lágrima:
Poeta, não chore.
Larissa ainda vive!
Vê aquela Bela Estrela lá no Céu?
Ela é Larissa!
Confia, quem foi bom aqui na terra,
Teve a alma cristalina!
Lá no Céu, é mais
Uma Estrela da Constelação Divina!
PALAVRAS AO VENTO
Vem, amigo, vamos viajar!
Dar-te-ei carona no tapete mágico!
Adejaremos pelo mundo do faz-de conta
No meu sonho de papel,
Onde construiremos de areia – belos castelos!
Vem, ofereço-te a lira:
Palavras ao vento,
Fragmentos de pensamento
Que vão flutuando,
A madrugada desvirginando
Na ressonância de vozes acalentadas,
Docemente murmuradas...
Palavras mágicas que rompem obstáculos,
Que transpõem barreiras!...
Simplesmente, palavras ao vento!