Em Memória
Eu queria você aqui comigo
Não importa o quanto eu escreva, ou sonhe
Eu sempre acordarei e me verei sozinho
Fui tolo em não pedir a mão da doce princesa
O meu sangue não ferve mais como antes
Eu estou me sentindo sufocado, enjaulado
Meu coração hoje se encontra com aquela vontade
E, eu digo, com todas as letras, que sinto saudade.
Ah se eu conseguisse voltar no tempo, ou esquecê-lo
Sinto-me tão desatento e com medo,
Que o que escrevo agora não passa de um pobre texto
Não sei por que estou com a caneta em mãos,
Se do meu lado eu tenho conversado com a solidão
Estou triste, estou só, em um mundo que não existe,
Escrevendo uma dedicatória, para um amor desconhecido,
Perdido por entre as estrelas e o infinito.
Saiba que você foi a única a me amar
Cá estou eu a provar, poetar, dedicar
Palavras, versos que estão me fazendo chorar
Chorar pelo passado, pelos beijos apaixonados,
Que me perseguem como lobos esfomeados
Que caçam a mim, uma presa, uma lebre fragilizada
Estou me sentindo assim, sem autoestima
Mas, também, como eu a teria?
Se você foi embora da minha vida?
Eu jamais poderei dizer o quanto minha saudade te idolatra
Escrevo, sim, mas sem a inspiração daquela história
Sóbria, essa é a definição da minha vida agora
Não sinto nada além da dor, da agonia, poucas memórias.
Recentemente eu não tenho estado bem,
Mas, não se preocupe, estou aqui
Vou me esforçar com essas palavras, meu bem
Estou triste, mas não significa o fim
Penso em você sempre que acordo, penso sim
Mas, às vezes me deparo com um vazio
Que persisti em dizer que jamais serei feliz,
Que morrerei sozinho, em pura agonia, sem ti.
Meu bem, sei que vivo escutando mentiras
Mas, se vivo assim, como conhecerei a verdade?
Escrevo enquanto sofro devaneios, admirando minha querida
Não sei mais onde foi parar a minha cara metade.
Jamais me esquecerei dos nossos momentos
Serão eternos, assim como o próprio tempo
Você sempre residirá em meu peito,
E, dito isso, não morrerei no relento da minha morada
Continuarei escrevendo sempre que me sentir só, prometo
Aguardando inquietamente o dia que você lerá os meus textos
Minhas palavras ecoarão no vento até os seus ouvidos
Só quero isso, que saiba que você fora importante para mim
E, se eu morrer antes disso, que seja assim
Meus versos serão eternos, e passarão pelas mãos dos netos
Aqui termino mais uma folha, de um sentimento honesto,
Singelo, que a tristeza dentro de mim tanto despreza
Assim vou tentando recriar aqueles dias, nesta peça
E que eu possa, para sempre, me lembrar de suas mechas.