A Menina de Maria-Chiquinha
A menina de maria-chiquinha
Espera receber toda noite e dia
Uma cartinha, uma notícia
De quem está longe da sua vida.
O Sol se põe devagarinho.
Os animais nas árvores vão dormindo.
E ela permanece ali pela esperança de não haver perda
graças à saudade que a deixa cada vez mais pequena.
A pequena menina chora silenciosamente.
Tanta é a solidão que ela fica doente.
Mas de repente surgem na sua caixa de correspondência flores
E um doce perfume que ameniza suas dores.
As rosas trazem a primavera.
As rosas a acompanham na sua ansiosa espera
pois só quando quem partiu voltar,
ela se permitirá para a casa retornar
Com as lágrimas autorizadas a secar.
Com o aroma calmante, as rosas a fazem entender
Que ela deve da cerca descer
Para que dessa dificuldade sobreviva
E possa mais madura renovar a vida.
A menina, que se sentia sozinha e medrosa,
finalmente percebeu
que Deus a ela apareceu
em forma de rosa.
Deus se fez presente
Para acolher e acalmar o que sente
Porque como uma filha
Ele sempre vai ampará-la com plena alegria.
A menina de maria-chiquinha olha pra cerca
Com vontade de voltar na mesma.
Porém encantada com o aroma das flores de Deus,
Ela segue seu caminho para casa dizendo um hesitante, mas necessário "adeus".
Referência da Imagem: Poesia inspirada na pintura de Andres Orpinas.
Poemas narrativos nesse estilo:
- A Menina de Maria-Chiquinha (Categoria Saudade)
- A Menina e o Esquilo (Categoria Solidão)
- O Menino de Chapéu (Categoria Alegria)
- O Menino Marcado (Categoria Perdão)