Frescos nascem cada vez mais!
Esse mundo está tão chato
Mas morrer ninguém quer!
Procuram pelo em ovo
E em tudo metem a colher!
Palpite tem em todo lugar
Por mais que se faça e bem
Vem sempre um chato palpitar
E nossa alegria avacalhar!
Frescos nascem cada vez mais,
Cheios de nojo e enjoamentos
Para tudo fazem careta
E “criam” preconceitos.
Eu que já passei de meio século
Vejo o quanto fui feliz
Brincava na palha de arroz
Com poeira até o nariz!
Entrava no galinheiro
Ajudava pintinhos a nascer!
Qual criança de hoje
Uma coisa desta pode ver?
As vezes quebrava a casca
E ainda não era tempo
O pintinho saia zonzo
E eu do tio Nico correndo!
Levava cada carreirão
E tomava umas reiadas!
Nem podia chorar
Ou voava chinelada!
Sinto saudade da simplicidade
Do respeito, amor e gratidão,
Da alegria nas pequenas coisas
Eternizadas em meu coração!