TERRENOS BALDIOS
Há perdas na vida erguida no coração,
Uma cidade repleta de edifícios.
A cada perda, um prédio ruído; às vezes
Sem destroços: Coração cheio de terrenos baldios.
A prefeitura cardíaca proíbe o uso
De terrenos um dia ocupados e os envenena
Para que ali fiquem vazios; novos prédios
Só nos terrenos nunca ocupados.
Vista do céu, clareiras espraiam-se pela cidade,
Há novos prédios, não tão altos como antes -
Acostumamo-nos agora às novas paisagens,
Ainda que nessas haja buracos das antigas.