Limiar
Há no dilacerar das pedras
A dor
De um caminhar solitário
Saudades da líbélula azul...
Há no dilacerar das pedras
A dor
A impossibilidade do toque,
Que me leva
A sussurrar teu nome
Nas noites insones,
Permaneço
Na imobilidade dos objetos
Do vidro trincado do teu relógio,
Da tua ausência
Nos porta-retratos,
E, enfim
Dobro a folha de papel
Na qual um poema de amor,
À tardinha,
Quase, pousou-
E, nesta fria e solitária noite
Ainda espero o som
Dos sinos de vento,
Enquanto leio
Baudelaire...
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https://www.youtube.com/watch?v=7OazEwiPwIY
Poesia da Semana - Embriaga-te (Charles Baudelaire)
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https://www.youtube.com/watch?v=abfQQ1hzN9M
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