MENINO MOLEQUE
Menino moleque
Que brinca teimosamente
Nessa morada que não mais é tua
Esgueirou-se entre os anos que de agrisalharam os cabelos
Ainda queres correr atrás da bola,
Aquela mesma companheira
Das tardes de pelada na rua de nossa casa
Ainda sentes prazer de tocá-la aos companheiros
Que hoje são teus filhos
Vento no rosto, o sol a beijar a pele
Pedalar nas trilhas, descer as ladeiras, subir as serras
Curtir a natureza tomando banho de cachoeira
Sentar à sombra de uma grande árvore
Contar histórias, rir do nada
e as vezes da piada contada
Menino moleque
Às vezes bravo e brigão
Peço que não se vá, fique, não fuja
Não deixe que a dor do tempo te leve dessa morada
Pois sem ti eu não teria
A mais verdadeira das alegrias
A companhia de meus filhos