Martíni e um banco velho

Uma tremenda dor de cabeça

Uma tontura tão dolorosa

Deixou meu corpo cair aqui

Neste chão tão frio

Você disse que a gente bebeu

E que eu fiz muita palhaçada

Tudo é tão natural assim

Você nem se importa com isso

É meio-dia de um sábado

E tudo o que você faz

É beber um martíni na varanda

E o que eu menos quero agora é te ver

Com essas roupas imundas

Sentadas naquele banco velho

Onde a gente passava o tempo

Trocando amores no silêncio

Lembranças das bebedeiras

Das brigas tão feias

Dos sonhos surreais

Tudo o que ficou para trás.

Se isso me fez mais forte?

Eu não sei.

Mas sinto falta de você

Sentada naquele banco velho

Com seu martíni rosé

Seu cabelo bagunçado

E toda a sua forma de dizer

Que você era a última coisa que eu iria esquecer.