Choques, cor, odor - pele

Existem linhas imaginárias

que me prendem a essa melanina,

que suplica a minha súplica

para implicar no passeio dos meus toques.

Há linhas inimagináveis

que me atam a essa menina,

que imploram à poesia rústica

para decifrar os sopapos cardíacos com nossos choques.

Choques que contorcem a alma – repousa. Acalma.

E mesmo assim ainda imagino

a melanina da menina que impregna minha pele – não expele.

Não extingue – não mata a fome da pele.

Choques que não queimam a pele.

A alma é que retorce – mesmo calma,

e sua cor não me sai da mente,

e da mente não me sai seu odor

que pra mim agora é dor – pele impregnada.

Majal San
Enviado por Majal San em 29/06/2018
Código do texto: T6376752
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