O VULTO DA CARAVELA

Queria beijar sua mão, acariciar a palma,
e sentir o quanto isso faz bem e acalma,
e ver perante a vida um horizonte inteiro.
Queria, mas não posso, então olho a lua cheia,
e vejo em silêncio, o clarão beijando a areia,
matando de saudades,meu coração guerreiro.

Noite gelada,torna sem vida o meu agreste,
lembro mais ao ver a silhueta do belo cipleste,
que torna as estrelas bem menos brilhante.
Tambem ao longe, no jardim, a bela oliveira,
aumenta a dor,que em mim não e forasteira,
fica tão doloroso, o meu pensamento errante.

Estou sentindo todo o meu corpo tremendo,
que de saudades , sinto até os olhos morrendo,
tudo negro, tão escuro, perante minha visão.
E como se fosse na minha mente uma aquarela,
olhando o mar,o vulto de uma solitária caravela,
como está distante, fico sem meus pés no chão.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 11/06/2018
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