Sonho
A noite as luzes imponentes
Parecem querer apagar o passado
Estrelas cintilam com profundo desespero
Gritam noite adentro nos ouvidos ensurdecidos
Das pessoas comuns
Ruas vazias permeadas de sentimentos
Suave brisa que atormenta o ser
Olhando fixamente o que, antes
Estava presente como força viva
Lugares comuns e eternos
Onde antes, reinava uma harmonia dúbia
Onde tudo se esquecia e sons de conversas
Permeavam a tudo e tudo se alegrava
Como rios de satisfação
Que deságuam em lugar nenhum
Sonho metafísico de votar àquilo outra vez
Perder-me de inebriantes sensações
Quando tentava
Subjugando o meu destino,
De ser só
Quando risos se sufocaram ao último sinal
Do nascer do dia