Aquelas tardes ensolaradas
Caem as folhas
Caem as esperanças
Gigante do alvorecer
Quando eu era pequeno
E era, o que eu era...
O mundo, meras passagens
Da parede que vejo, o céu
E as mesmas histórias repetidas
Se repetem, sobre a lua
A imagem de Júlio César
E eu era apenas um inseto
Mera fábula de Kafka
Eu era o rato
Sem caminhos
Agora tanto pesa em meus ombros
O peso dessas memórias
Pus-me a cantar
Vontade de roubar o meu passado
De volta, trazer o ânimo
Daquelas tardes ensolaradas
Que nunca tinham fim