SEM DIZER ADEUS

E o poeta falava das noites de galas
das muitas e inúmeras salas,
que ele um dia sua poesia recitou.
Acho hoje que fui um tanto ingrato
talvez por ser um menino,um novato,
ouvia sem comentar, o que ele contou.

Me falava de amores, sonhos do futuro
e eu em silêncio, sem um murmuro,
mas ele via a resposta, no meu olhar.
Falava muito sobre sua vida antiga
e depois em seu violão, uma cantiga,
via em seu rosto a vontade de chorar.

Para relembrar a alma nunca demora
o dia que o amigo, o poeta foi embora,
morar junto dos netinhos seus.
Fiquei triste,me tornei um sonhador
relembrando meu amigo trovador,
que foi embora sem me dizer adeus.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 28/04/2018
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