Como bailarina
Silente à noite, pensamentos vem saudade,
Lembranças mil dos tempos de outrora!
Todas às noites são sempre assim, saudade.
Deixava-me nas nuvens flutuante tua senhora,
Breve instante de desvelo deixava-me flutuante
Como bailarina no palco da vida girando suavemente.
De olhos cerrados vislumbro-te a me cortejar inocente
Tudo, tudo sonho de menina debutante perpetuante.
Hoje estás num palco além, além do horizonte!
És eterno nos meus sonhos na alcova gélida, uma ponte
Que atravesso levitando ao teu encontro dançando
Frente a caixa de música trazida por ti, alimentando,
Alimentando minha alma; vejo-me leve como pluma
Deslizando num palco na ponta do pé vestida de tule e véu
Rodopiando e tu a me olhar sorridente perdido numa
Ânsia louca entre a dança e o desejo, mas estás no céu!
Recolho-me ouvindo a melodia deixando as asas da fantasia! ...
Abril/18
Mary Jun