REFUGIADO EM ABSTRAÇÕES
Cercado por montanhas de solidão,
Caminhando sobre as pedras do destino,
Vejo-me envolto neste desatino,
Em batalhas, tentando manter a razão.
Andando em vales de tristeza,
Sou surpreendido em estranha alegoria,
Um devaneio do amor no grande dia,
Contemplando a mais intensa beleza.
Inerte na planície da existência,
Idealizo minha desejada liberdade,
Voando sobre as paisagens da felicidade.
E assim, tento proteger-me em abstrações,
Uma fuga do medo de tornar-me um ser opaco,
Sem amor e a carregar um pesado fardo.