SAUDADE

dobro as mangas do tempo

e me debruço na janela

do passado

vejo um homem não tão jovem me sorrindo

é

ele vem vindo

vem nas brumas

e me sorri

estende a mão e me oferece a mais bela rosa do jardim

deixo o olhar umedecido

e penso no que tenho vivido

desde aquela data

por quais caminhos ele andou nesta eternidade afora?

de mim nunca foi embora

mas longa estrada percorreu

e eu?

eu também tenho andando tanto

nestas estradas de cá

um dia, mais tarde talvez nos encontremos lá

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 18/04/2018
Código do texto: T6312142
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