SAUDADE
dobro as mangas do tempo
e me debruço na janela
do passado
vejo um homem não tão jovem me sorrindo
é
ele vem vindo
vem nas brumas
e me sorri
estende a mão e me oferece a mais bela rosa do jardim
deixo o olhar umedecido
e penso no que tenho vivido
desde aquela data
por quais caminhos ele andou nesta eternidade afora?
de mim nunca foi embora
mas longa estrada percorreu
e eu?
eu também tenho andando tanto
nestas estradas de cá
um dia, mais tarde talvez nos encontremos lá