LEMBRANÇAS DO AMIGO QUE PARTIU

Pranteia agora o tempo em minh’alma

Aquela amizade querida de outrora

A que não mais se encontra

Foi-se ela embora... e fugiu... sem se despedir

Das ensolaradas tardes a escapar entre os dedos da vida

A que não sei se fora ela ou não a me roubá-la

Ah, como a lembrança se faz vítima do remorso!

Do doce apreço a ser-me, pois pelo tempo agraciado

Todavia, achei ser, em verdade, apenas aleatório

Ou se diria... filho do acaso

E, deste modo, à vida não então a agradeci...

Que pena!

Como fui tolo... e cego!

Mas se neste instante choro a privação de meu companheiro

Daquele camarada que não mais se encontra

Não seriam minhas lágrimas a reconhecer então ao tempo

A graça de tê-lo em minha vida aparecido e vindo?

Então, não lastimarei por ter ido, pois embora

Alegrar-me-ei pelo prazo em no meu viver... tanto nele esteve

E louvarei à vida pelo presente... o qual ela me deu:

Este meu grande amigo... e fiel companheiro de estrada

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 12/04/2018
Código do texto: T6306543
Classificação de conteúdo: seguro