Amarga saudade da doce infância
Eita saudade
Daquele tempo que num tinha fim
Quando eu era só uma criança
Um tanto pequeninin
Oxe, como eu brincava
Num parava um momento
Mainha, pobre coitada
Mas que sofrimento
Ter uma filha tão danada
Que vivia dando aperreio
Corria até na estrada
Desafiando os carros alheios
Mas a pequena cresceu
E agora tá tão distante
Morre de saudades de tudo
Não para de pensar nem por um instante
Eita saudade de mainha
Que tanto aperriei
Eita saudade da infância
Onde tanto aprontei
Quase choro escrevendo
Parecendo mininu de novo
Mas a vida passa correndo
E eu preciso viver, meu povo
Viver essa vida diferente
Com saudades constantes
Tenho todos vocês aqui presentes
Mesmo estando tão distante
No meu coração, hoje tão falante