Na Madrugada

Madrugada e não consigo dormir.

O relógio com seu tic tac me angustia.

Altas horas e na penumbra surge uma luz

A luz do luar que teima em entrar

Numa pequena fresta da janela

Em algum lugar pretende ficar.

Na rua o silêncio noturno se quebra

Um ruído de passos lentos ecoa...

Um ser vagante caminha sem rumo.

Quem seria esse caminhante noturno!?

Alguém sem um teto para se abrigar

Ou um solitário perdido nos vícios

Seguindo um futuro incerto...

Após ter abandonado um passado certo.

Meu corpo cansado e o sono negado

Meus pensamentos voltam ao passado

Ao lado um travesseiro vazio...

Uma imagem toma forma em miragem

A saudade é uma ferida que sangra

O coração sofre e reclama...

Porque ele se foi tão de repente!

Apenas seu olhar entristecido

Ficou na lembrança do meu tormento

Essa dor que não explica o sofrimento.

A solidão é agora o sentimento

Que acompanha na madrugada

O silencio e o sono fugidio

Pela lembrança sofrida desse amor.

There Válio – 06-04-2018

Tanto tento

Não consigo intento

Apenas um desalento

Contra todo sentimento

Sobra tormento

Aguento

Caminho lento

Com a alma ao relento

Espero algum momento

Provocar-te contento.

Prezado amigo poeta James Assaf

grata pela linda interação.