Dessas coisas que nos deixam
Ainda te busco o cheiro em prateleiras
e o teu discurso em livrarias...
Acordo cedo e já sorrio.
Este dragão que hei comigo!
sabendo a menta ou eucalipto,
me deixa prestes a estourar.
Se no busão tem assento livre,
eis que ali vai meu dragão.
E ai daquele que sentar!
Ainda te encontro o cheiro em livrarias
e o teu discurso em prateleiras...
Se o aroma doce me arrebata,
olho para trás e eis dragão!
Ainda que eu nada nunca veja.
Devo limpar as prateleiras,
tirar o pó de já dois meses.
E então seguir de fronte em fronte...
amar novos perfumes,
comprar novos dragões.