SAUDADE BANDIDA
"Às vezes no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado
Juntando o antes, o agora e o depois"
(Peninha, "Sozinho").
Às vezes no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
A saudade é um coice, um açoite
Que castiga agora e depois.
Quem sabe você ainda apareça
Nas entrelinhas do meu horizonte
E me abrace, me enlace, me aqueça,
Espantando as tristezas de ontem.
Pra que eu te receba em minha vida
Como um suave presente dos céus
E te escolha a minha pretendida,
Eleita pra desmistificar os meus véus
Espantando essa saudade bandida
Que no meu peito faz escarcéu.