OS ONTENS E OS AMANHÃS
Os ontens já são conhecidos e passados,
Restam os amanhãs, desconhecidos,
Imprevisíveis, mas garantidos,
Nunca contrariados.
Terá valido a pena termos vivido os ontens,
Quando sabemos que hoje se vegeta
E que os amanhãs são histórias
Que não passam de treta.
Dos ontens ainda há boas recordações,
Dos bons e muitos momentos vividos,
Que não damos por perdidos,
E guardámos nos corações.
Quem inda esteve connosco nos ontens,
Alguns estão no presente, ausentes,
Muitos não estarão nos amanhãs,
Por terem partido sem avisar.
Hoje, entre os ontens e os amanhãs,
As surpresas são más e muitas,
De amigos que nos deixam
E nem sequer se queixam.
Vamos ficando cada vez mais confusos,
Com o contraste dos amanhãs
Para os ontens diferentes,
De factos surpreendentes.
Ruy Serrano - 17.03.2018