VELHA DIMENSÃO
Pisei em falso, desatenta,
Em outra dimensão entrei,
Vi anjos chorando sangue
E a chuva usando as lágrimas que usei.
Estava escrito na areia
As noites que dormi chorando,
Reluzia na luz da vela
Voz que me abraçava saudando.
Dimensão quem és tu?
Que de mim zomba as gargalhadas?
Onde a tridimensionalidade normal do tempo
Para ti são maquinarias quebradas?
Engrenagem velha, ferrugem,
Corpo impalpável, espanto,
Rio de correntes de ferro
Desafinado canto.
Foi quando ecoou
Eco repentino estridente,
“Essa dimensão oh pobre criatura,
É a saudade que tu sente!”
18/05/14
20:20 h