VELHA DIMENSÃO

Pisei em falso, desatenta,

Em outra dimensão entrei,

Vi anjos chorando sangue

E a chuva usando as lágrimas que usei.

Estava escrito na areia

As noites que dormi chorando,

Reluzia na luz da vela

Voz que me abraçava saudando.

Dimensão quem és tu?

Que de mim zomba as gargalhadas?

Onde a tridimensionalidade normal do tempo

Para ti são maquinarias quebradas?

Engrenagem velha, ferrugem,

Corpo impalpável, espanto,

Rio de correntes de ferro

Desafinado canto.

Foi quando ecoou

Eco repentino estridente,

“Essa dimensão oh pobre criatura,

É a saudade que tu sente!”

18/05/14

20:20 h

Thais Helena Sousa
Enviado por Thais Helena Sousa em 07/03/2018
Código do texto: T6272872
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