A VIDA ESCORRE

A VIDA ESCORRE
Hoje desarmei minha solidão.
Fuzilei as manhãs.
Na insônia ,
Vagando sozinhas pelos dias,
Amargando a solidão
Percorro o um corpo ausente
Num vaguear de memórias...
procuro o atalho do tempo
Existe apenas , um barulho,
não a voz, que fica
Engasgada na garganta.
e na clausura de mim
Bebo a distância,
Sombra dessa ausência,
Degusto
Curvada sobre a terra
Escuto o eco do meu grito solitária
Enquanto nos meus dedos
Escorre o teu nome...
Da ligeira sombra que existe entre a luz
e a obscuridade,
Impede de perceber onde começa uma e
Onde acaba a outra
do sabor tropológico do desejo
Apenas a correspondência possível
Entre o silêncio de ilha e os seus pássaros
ausentes
Provocando a solidão
Assim devolvo ao lago os meus olhos
Que se somem num horizonte enevoado
e o poema inacabado
morre nas mãos do poeta
Marcia Eli
@Direitos Reservados 
marcia eli
Enviado por marcia eli em 05/03/2018
Reeditado em 28/06/2021
Código do texto: T6271300
Classificação de conteúdo: seguro
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