Sou um sujeito de sorte
Sou um sujeito de sorte
Conheci você
Nalgum momento desta vida
Nalgum canto desta cidade
Conheci você
Desalinhei
E desandou pro lado de lá
Eu pro lado de cá
E tudo foi a primeira e a última canção no final da festa
Sou um sujeito de norte
Afino as velas
Conforme a música do vento
E a harmonia da dança das ondas
Mas mesmo assim
Não me atraquei
Desatou o nó do cais do atol
Faltou conjugar o verbo
Na segunda pessoa do nosso plural
E quer saber? Fiz este poema pra você
Confesso
Porque aquela sua fotografia
E aquele sorriso mais gostoso do mundo
Me fez lembrar que sou um sujeito de sorte
Conheci você
Por alguns instantes da minha vida