Noites solitárias
Não... Ninguém viu nossas noites solitárias,
Ninguém sentiu nossos medos,
Ouviu nossos gemidos,
Nem viu nossas lágrimas e sorrisos.
Ninguém jamais descobriu
Os segredos que dividimos sobre os lençóis,
Nem as confissões entre os travesseiros
E nem tampouco poderão imaginar
Os fantasmas que atormentaram
As nossas solitárias noites às vezes...
Ninguém poderá alcançar
A distância de nossos sonhos
E nem juntar os pedaços
Dos que ruíram em algumas manhãs.
E também nunca saberão
O quanto foi amarga a hora dos pesadelos
Que muitas vezes invadiram
A serenidade de nosso sono.
Não, ninguém viu a solidão de nós dois
Quando as nossas almas se abraçavam
E os nossos corpos caminhavam entre nuvens,
Sob o brilho das estrelas...
Não, ninguém viu nossas noites solitárias
Porque elas se perdiam nas manhãs
E foram eternas, até que houve um dia,
Em que não houve o anoitecer de nós dois...