(Des)nutrir a saudade
Saudade, saudade...
por que alimentar-te?
Tuas causas
e consequências
ainda estão aqui.
Teu começo
ainda não teve fim.
Será que um dia
permitirás que de ti
eu me desate?
Quero te preencher
de memórias,
mas também anseio
por revivê-las.
Por que não me canso
de te nutrir?
Que mais preciso
(não) ver?
Que mais necessito
(não) sentir?
Para que, enfim,
eu desista de agarrar-te
e (te) me permita
um fim?