Cinzas

E quem dirá de mim?
Desse amor... - Fremente -
Em fogo, contido, jurado,
- Tão eterno em mim?

Amor fremente...!
Entre entranhas, e arraigado em nós
Que sopra aos ventos... Impregnado
Onde bailei à um noturno de Chopin?

E assim...!
- Não muito tarde ainda -
O que dirás, tu... Deste infinito amor?
Que padeceu, e na ira esvaiu-se,
Amordaçado em mim?

Dilacerado...!
- Entre fogo nas minhas ilusões
Assim findou, o que eterno jurei
E cantei ao vento,
--- Esse amor...
Enquanto eterno se fez

E enfim,
Das cinzas, somente as horas,
Que entre idas e vindas,
Tristemente vagam
Quando insanamente te jurei
... Eternamente em mim!