Beijos, blues e poesias
Eram apenas folhas em branco...
Rascunhos efêmeros de palavras um pouco mortas
e algumas outras vazias.
Eram desenhos escondidos em um mosaico misterioso
e macabro chamado de vida.
Pensamentos misturados,
costurados em uma esperança vaga
Um plano diferente, onde tudo era possível.
O horizonte parecia despontar preguiçoso enquanto eu via o morrer do Sol,
ao fim da tarde
e a redenção da Aurora.
Haviam raízes nos ligando mais do que a aparência,
E você ouvia a mesma melodia que eu, quando lhe assistia sorrir.
Os lençóis ainda estão amorrotados,
Versos e poemas rasgados, jogados pelo chão do quarto
Ainda emanam minha aura de poeta, desesperado pela palavra que descreva com afeto,
minha tão querida musa
Em meu peito bate um ser louco,
Agonizando na tentativa de fazer você se enxergar como eu te enxergo.
O gosto do vinho ainda está molhando seus lábios.
E sua respiração lenta serve de travesseiro
para o meu emaranhado cabelo sobre seu peito.
Amanhece uma vez mais o dia,
E enquanto de meu sonho desperto
Te vejo ao longe como presságio das ilusões vindouras...