Saudade coagulada
Toda embrenhada no ser
se arrasta pesada
entupindo tudo que é via
e veia
Vira veneno
e nada de ameno
se destaca
Só saudade subindo
morosa e inchada
me inflamando os caminhos
Sobe a esfera latente
esparramando lesões
e fragilizando tecidos
De repente, um silêncio de mar
me inunda as terminações
Não tem barreira
nem balde
que suporte o estrago
E explode
potente tromba d'agua
pra tudo que é lado.