Os rostos que nunca mais iremos ver
Saudade que fala
Mais alto que as vozes
Alheias da morte
Tempo que passa
Tal quanto a sorte
Dias que ficam
Guardados no cofre
Para os dias em que sofrer
Vivo ao menos permanecer
Pra quem conheceu a verdadeira face do mundo
Já basta apenas sobreviver
É ruim que chega a doer
Quando o gosto da morte prevalecer
Recente é sempre a dor do acontecer
São árduas as horas para esquecer
Os rostos que nunca mais iremos ver
São penosos os minutos para esquecer
As presenças que nunca mais iremos ter
São eternos os segundos para esquecer
As coisas que nunca mais iremos fazer.