Os rostos que nunca mais iremos ver

Saudade que fala

Mais alto que as vozes

Alheias da morte

Tempo que passa

Tal quanto a sorte

Dias que ficam

Guardados no cofre

Para os dias em que sofrer

Vivo ao menos permanecer

Pra quem conheceu a verdadeira face do mundo

Já basta apenas sobreviver

É ruim que chega a doer

Quando o gosto da morte prevalecer

Recente é sempre a dor do acontecer

São árduas as horas para esquecer

Os rostos que nunca mais iremos ver

São penosos os minutos para esquecer

As presenças que nunca mais iremos ter

São eternos os segundos para esquecer

As coisas que nunca mais iremos fazer.

Jovem Patife
Enviado por Jovem Patife em 20/01/2018
Reeditado em 24/01/2018
Código do texto: T6231521
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