Um certo Taj Mahal
A mesma arte,
A mesma intensidade,
A mesma narrativa,
A mesma história,
O mesmo labirinto,
Enfim... o mesmo amor.
Deparei-me, uma vez mais,
Comigo mesmo.
Sim, eu mesmo,
Como se não houvera
Um ontem e um hoje,
Menos ainda um amanhã.
Nada mudou,
Exceto o resto do mundo
E os nomes que se lhes dão
Aos longos anos de espera,
De suspensão,
De nostalgia do futuro.
Congelado no tempo,
Esculpido nas paredes
De um certo 'Taj Mahal'
Feito em marmore alabastrino
Cravado para sempre
De belas gemas
E pedras preciosas.
Assim sou eu
E assim está meu coração
Aqui retratado na magestade
De um culto ao amor:
Encolhido no tempo,
Agigantado na memória,
Calado na dor.
Luís Wesley
07/01/2018
Agra, Índia