A TRISTEZA DO SERTANEJO

A TRISTEZA DO SERTANEJO - João Nunes Ventura-01/2018

Oh! Deus como dói uma separação

De um filho que nasceu lá no sertão

Deixar seus pais e a sua felicidade,

Não tem solução precisa ir embora

E derrama o pranto chorando agora

Lembrando sonhos e sua mocidade.

No adeus vai partido o seu coração

Vai sofrer pelo mundo a desilusão

O caminhão já corta estrada do Sul,

Na oração o canto ao santo querido

Sabe que seu caminho será sofrido

Bem longe de sua terra o seu Pajeú.

Durante o trajeto a sua lembrança

Seu tempo a brincadeira de criança

Dança no terreiro som do berimbau,

Corria na rua vivia sempre sorrindo

Era feliz com seu sonho de menino

Na montaria em seu cavalo de pau.

E chega ao destino o pobre coitado

Cansado da viagem o coração sofria,

Tudo que queria o trabalho honrado

E seu pensamento era voltar um dia.

No Sul recorda a madrugada de luar

Também o canto de um lindo sabiá

Que no inverno cantava o dia inteiro,

A tristeza vem e o seu peito chora

As lembranças ao romper da aurora

Muito distante do seu amor primeiro.

De janeiro a janeiro no trabalho duro

E assim vivendo pensando no futuro

Com saudades da sua terra seu chão,

Anos se passaram e o triste caboclo

Trabalha muito e o seu salário pouco

Para sua terra ele não volta mais não.

João Nunes Ventura
Enviado por João Nunes Ventura em 16/01/2018
Reeditado em 16/01/2018
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