Saudade da Idade
Agora, digo que te odeio,
Depois, em mim não creio,
Oh, que sacrílego subterfúgio!
Matar a saudade, triste refúgio.
No peito, pontada lasciva,
Que impiedosa, me criva,
O vazio, sem o amor meu,
Se desconfigura, até o meu "eu".
Achava que a saudade,
Era simples coisa de idade,
Não... não posso com ela,
Afundo-me nas mágoas dela.
Brumas oníricas que envolvem,
De teus lábios, quietas, se revolvem,
Doce beijo que remete ao ontem,
Realidade, rogo pelo anteontem.
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