ÀS VEZES...

Às vezes as noites são como açoites

Que me perturbam e me tiram o sono

As madrugadas me trazem um frio

Que me maltrata e me consome

A solidão sempre às espreitas

Me olha e revela meu sofrer

Numa noite acordei chorando

Sabia não ter você

Meus braços vazios de afago

A voz do silêncio me abala

Revejo meus olhos tão tristes

Chorando na madrugada

Às vezes me sinto tão sua

Mas pra que se você não me vem?

Já que recusas minha alma e vida

Te juro não serei de mais ninguém

Constante desgosto em vaga espera

Numa cama tão grande e fria

Se eu pudesse escolher o que quero

Daqui você não sairia

Às vezes às noites revelam

Que não posso comigo mesmo

Porque se eu pudesse o traria

De volta por inteiro...

Lúcia Alves
Enviado por Lúcia Alves em 27/12/2017
Reeditado em 29/12/2017
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