ÀS VEZES...
Às vezes as noites são como açoites
Que me perturbam e me tiram o sono
As madrugadas me trazem um frio
Que me maltrata e me consome
A solidão sempre às espreitas
Me olha e revela meu sofrer
Numa noite acordei chorando
Sabia não ter você
Meus braços vazios de afago
A voz do silêncio me abala
Revejo meus olhos tão tristes
Chorando na madrugada
Às vezes me sinto tão sua
Mas pra que se você não me vem?
Já que recusas minha alma e vida
Te juro não serei de mais ninguém
Constante desgosto em vaga espera
Numa cama tão grande e fria
Se eu pudesse escolher o que quero
Daqui você não sairia
Às vezes às noites revelam
Que não posso comigo mesmo
Porque se eu pudesse o traria
De volta por inteiro...