Coisa que corrói pelas beiradas
Estava eu sentado nas escadas
Do meu coração
Terno novo
Sentimento
Roupa velha emoção
Entra pela vista da janela
a saudade
De coisas que longe se foram
Amores que visitaram-me
Pessoas que ficaram na memória
O vento brincando com as árvores lá fora
Saudades das escadas do meu coração
Quando subia e descia sem muita preocupação
Era Adolescente
Tudo em meu peito, muito quente
Banhava na chuva brincava contente
Sem muitos Planos para o futuro
Apenas sonhos Presentes
Queria saber voar como os pássaros
acompanhava as formigas cuiroso
com tanto trabalho
Vez em quando até atrapalhava a fileira
causando desordem
Lançava-as nas poças d'água fingindo ser oceano
E se derrepente não era?
A saudade bate a porta como uma fera
Nos dias de chuva em que fico em casa apenas pela janela a observar
Percebo o quanto não sei mais brincar, ou não estou disposto
Ponho o rosto pra fora os pingos alfinetam meu rosto...
subitamente tiro a roupa e vou...
Tomar banho de chuva alegre a cantar.
A vida é tão curta penso,
porque devo limitar?
Coisa que corrói pelas beiradas
São pensamentos que insistimos em alimentar
Viver é mais importante
pensar?!
Ah, deixa eles pensarem...
Essa é função de pensamento
enquando desfruto do dia seus melhores momentos...