Tutti Frutti
Embora tenha estragado tudo, espero ainda que entendas
Que não o fiz por querer, eu não sou quem pareço ser
Impelimo-nos em meus problemas pessoais, que volveram-se em contendas
E nada que eu dissesse ou fizesse poder-me-ia absolver
Meu tratamento nunca foi o adequado para com minha menina devotada
Decepcionar-te nunca foi meu intuito
Doravante minha imagem em teus pensamentos está deturpada
E isso dói, dói muito
EU ESTRAGUEI TUDO
Eu não soube lidar com todo o afeto a mim direcionado
Não correspondi ao que por ti era almejado
Sentirei muito a tua falta, leva contigo essa certeza
Mesmo que finjas que está tudo bem sem mim - e talvez, de fato, esteja
Ainda assim, quero que saibas que mantenho-me de peito aberto
Profundamente triste por perder a precedência em teu coração
E não mais te ter por perto
Ao menos saio com a certeza de ter buscado reconciliação
Minha harmoniosa manhã de domingo com venusto sorriso no rosto e cabelos cor-de-rosa
De vagarosos afagos no rosto e beijos com aprazível sabor de plenitude
Sussurros sobre sentimentos ao pé do ouvido e palavras jogadas fora
Magnânima alvorada, orgulho da minha jornada, a minha maior virtude
És incontestável dedicação... mas também impessoalidade
Veemente presença... e ao mesmo tempo fugacidade
Inocência, inteligência, atenciosidade
Inconstância, insegurança e ingenuidade
Explosão de felicidade e boas vibrações
A extraordinária pureza, em meio à devassidão
Divina morada, repleta de unção, minha efêmera monção
Absoluta tangente das minhas afeições
Minha prolixa veracidade, "abraço feito para mim" e olhar sensato, expressamente rude
Desaprovando o meu humor... e eu não soube dar valor...
Se cuida, Tutti Frutti